Joel Santos
Um
dos radialistas mais antigos de Guarapuava, Joel Santos começou no rádio com 14
anos. Hoje, 60 anos depois, relembra velhas histórias da sua longa trajetória
no veículo de comunicação que é tão amado e já foi muito aclamado pelo público
da cidade. Aqui, passou pela Difusora e Cultura.
Joel
possui muita experiência no ramo, entrevistou Garrincha, conheceu Roberto
Carlos, entre outros nomes conhecidos no país. Trabalhou com os mais variados
formatos de programação, desde jornal informativo a produções musicais. Também apresentou
um programa infantil com auditório. Hoje, tem uma pequena gravadora no interior
de sua casa.
As
lembranças são muitas: felizes ao contar sobre colegas e também entristecidas
ao recordar pessoas que foram silenciadas durante a maior censura que o Brasil
sofreu, após o golpe de 1964. Ele estava no rádio durante a Ditadura,
entrevistou pessoas importantes no governo e, durante algumas vezes, calou-se.
Mas não foi só nos vinte e um anos de Ditadura que os radialistas precisavam
medir suas palavras, que censuraram Joel. O senhor, que hoje tem cabelos
brancos, fala sobre as rádios vinculadas a partidos políticos e como elas
acabam interferindo no trabalho jornalístico.
Entrevista
realizada por Sabrina Ferrari, na residência do radialista (rua Capitão
Virmond, 182, em Guarapuava -PR), no dia 31 de outubro de 2017, às 16 horas.
Marioli
Correa dos Santos começou sua carreira como radialista em 1967. Com 65 anos, dedicou mais de 50 ao rádio,
atuando em cidades como Ponta Grossa, Guarapuava e Curitiba. Marioli começou a
trabalhar como operador de som em uma rede de alto-falantes, e pouco tempo
depois passou a ser uma das vozes do rádio. Em emissoras atuou como locutor comercial e informativo.
Com formação técnica básica, ele explica que dentro do rádio aprendeu a
trabalhar, recebendo inclusive estudantes para orientações sobre como falar no
microfone e formação de texto comercial, que foi uma das suas grandes forças no
veículo. Em Guarapuava trabalhou na rádio Atalaia, Difusora e Cultura, todas
durante a década de 1970. Hoje, o radialista está aposentado e mora em
Guarapuava.
Entrevista
realizada por Douglas Kuspiosz, no estúdio de TV da Unicentro, campus Santa Cruz,
Guarapuava-PR 30 de outubro de 2017, às 15h30min.
João Maria Ferreira Dangui
O
radialista João Maria Ferreira Dangui, 62 anos, natural do município de
Mangueirinha - Paraná, ficou conhecido como J. Maria.
Começou
no rádio ainda adolescente, em 1967, quando veio morar em Guarapuava junto com
a sua avó, por convite do tio, Antonio
Lustoza de Oliveira, proprietário das emissoras de rádio Difusora e Atalaia. A
função de J. Maria no início da carreira profissional foi de office boy na
Rádio Difusora.
Durante
a sua trajetória no rádio guarapuavano, acompanhou fatos importantes da época,
assim como as mudanças na forma de produzir programas radiofônicos e a evolução
dos meios de comunicação e da sociedade.
O
que mais chama atenção na história profissional do radialista é que em todos
esses anos de profissão nunca mudou de emissora. J. Maria recorda-se que as
pessoas faziam questão que o radialista participasse das festas nas
comunidades.
Entrevista
realizada por Kleber Erivelton Fernandes, na rádio Difusora, em Guarapuava-PR, em
05 de junho de 2017, 15 horas.
Luiz Romário Vieira Martins
Luiz
Romário Vieira Martins, mais conhecido como Mário Luiz, nasceu em Paulo
Frontin, Paraná, próximo a União da Vitória, em 22 de abril de 1961. Foi
radialista de 1980 a 2010. Hoje, aos 56 anos, Mário Luiz já conta com 30 anos
de profissão. O radialista trabalhou nos
seguintes locais: Rádio Cultura de Guarapuava, Rádio Itatiaia, MG, Antena 1 FM,
em Curitiba, 92 FM, em Guarapuava, Antena Sul FM, em Castro, e rádio Pitanga,
no município de Pitanga. Os programas de mais sucesso que apresentou foram:
Clube Corujões, Disk Music, Pergunta Maluca e Salada Musical.
Entrevista
realizada por Noeli Almeida, no estúdio de TV da Unicentro, campus Santa Cruz,
Guarapuava-PR, em 19 de maio de 2017.
Marli
Terezinha da Rosa, conhecida no rádio como Marli Rosa, é guarapuavana. Aos 17
anos, fez uma breve participação no rádio. A locutora fazia a liturgia na
igreja, o padre gostava da sua voz e a convidou para participar de um programa
religioso. Começou a trabalhar na rádio 92 FM, em 1989, com 25 anos, para
substituir o irmão. Marli trabalhou 11 anos na emissora em que começou. Nesse
tempo, também foi eleita vereadora de Guarapuava. A radialista atribui os votos
adquiridos aos ouvintes, pois graças ao rádio as pessoas passaram a conhecê-la.
Mesmo no período em que atuava como vereadora não deixou o rádio do lado. Ao
todo, são 28 anos de experiência, nos últimos 17 anos, Marli está no ar na
rádio Cultura (hoje Cultura 93 FM). Marli contou um fato curioso que mostra a
importância do programa para o público. Uma ouvinte processou uma pessoa por
difamação e ganhou a indenização. Como forma de pagamento, decidiu que a pessoa
deveria retratar-se, por meio de carta, que deveria ser lida no programa da
Marli Rosa. O que sempre fica em evidência na locutora, seja pessoalmente ou no
ar, é a sua espontaneidade.
Entrevista
realizada por Any Ossak, no estúdio de rádio da Unicentro, campus Santa Cruz,
Guarapuava-PR no dia 29 de maio de 2017, no período da tarde.
Francisco
Antoninho Carboni nasceu em Santa Catarina, mas criou-se na cidade de Capanema,
no Paraná. Formado em História e Jornalismo pela Unicentro, dedicou muitos
de seus anos de trabalho como radialista e jornalista em mais de 20 rádios.
Em
Guarapuava, grande parte de seu trabalho foi dedicado à Rádio Cultura,
trabalhando ainda em outras rádios da cidade, como Difusora e Cacique.
Durante
a sua trajetória em rádios, sempre concentrou-se em apresentar programas de
cunho jornalístico, sendo que a função que mais lhe agradava era a reportagem.
Entrevista
realizada por Fernanda Motter, no estúdio da TV Humaitá, no dia 20 de outubro
de 2017, às 10h.
Ary Antonio de Oliveira
Nascido
em Ponta Grossa, em setembro de 1933, Ary Antonio de Oliveira herdou a paixão
pela comunicação do seu pai. No início da década de 1960, começou a trabalhar
na rádio Difusora, fazendo as primeiras transmissões de missas. O nome de
registro deu lugar ao nome artístico, Ary de Oliveira Júnior. Aposentou-se aos
67 anos, no início dos anos 2000. Foram pouco mais de 40 anos de rádio. Desse
período, se recorda como era a sociedade guarapuavana e o perfil do público que
acompanhava as programações de rádio. O garoto que começou vendendo jornal,
frequentou cursos de extensão em comunicação e depois a faculdade de
Comunicação Social, espelhava-se na rádio Nacional. Ary recorda-se de alguns
personagens diferentes que fizeram parte da história do rádio guarapuavano. O radialista
também relata os problemas que enfrentou com a censura militar na Ditadura de 1964,
envolvendo a entrevista com Ulysses Guimarães. Ary conta que o primeiro
encontro dos radialistas do Paraná ocorreu em Guarapuava. Entrevista realiza por Luiz Felipe Panozzo, no Hotel Küster, em
Guarapuava-PR, no dia 19 de abril de 2017, às 17 horas.
Altevir Nunes
Altevir
Nunes tem 68 anos e mais de 50 de atuação como radialista. Guarapuavano,
nascido em 20 de dezembro de 1949, arrumou seu primeiro emprego na Rádio
Atalaia em 1966. A princípio, não atuou como radialista e sim nos bastidores da
rádio. Em 1968, foi registrado em carteira como radialista.
Como
muitos profissionais desta área, Altevir Nunes começou muito cedo a trabalhar em
rádio, ainda aos 16 anos, e coleciona muitas histórias interessantes. Durante
sua carreira entrevistou autoridades, políticos e cantores famosos. Relembra
que no início da carreira fez a cobertura da inauguração da Diocese de
Guarapuava, transmitindo o discurso do então governador do estado, Paulo
Pimentel. Também estava presente o secretário de educação do Paraná, Cândido
Martins de Oliveira. Altevir organizou e apresentou show de calouros que contou
com a presença da cantora Ângela Maria.
Trabalhou nas rádios Difusora, onde fez locução e discoteca, e Atalaia. Cobriu
bailes de carnaval, concurso de Miss Paraná, desfiles comemorativos, partidas
de futebol entre tantos outros acontecimentos. Em 1974, entrevistou Sargentelli
que se apresentou com o Show das Mulatas no Guaíra. Altevir também se recorda
dos shows de Roberto Carlos em Guarapuava.
Apesar
do pouco tempo de atuação na cidade, Altevir, relembra muitas histórias do
rádio guarapuavano, como os recados engraçados que eram transmitidos pelo
rádio. Passou alguns anos fora de Guarapuava e, em 1973, voltou a atuar na
rádio Difusora AM. Ele permaneceu por 5 anos na emissora. Após esse tempo,
mudou-se para Naviraí, Mato Grosso do Sul, onde atua como radialista na rádio
Cultura Naviraí e apresenta até hoje o programa Alegria Sempre.
Entrevista
realizada por Walquíria Lima, no Estúdio de Rádio da Unicentro, campus Santa
Cruz, Guarapuava-PR, no dia 05 de agosto de 2017, às 12h.
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